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Putin ordena produção em massa de míssil hipersônico com capacidade nuclear

 Vladimir Putin autoriza produção em série de novo míssil hipersônico com capacidade nuclear: Oreshnik

Na última sexta-feira, dia 22 de novembro de 2024, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou que a produção em série do novo míssil hipersônico Oreshnik, com capacidade nuclear, seria iniciada. O míssil foi usado pela primeira vez no dia anterior, quinta-feira (21), em um ataque a uma fábrica militar da Ucrânia. O anúncio de Putin sobre a arma aconteceu após uma reunião com autoridades militares, onde o presidente descreveu o uso do Oreshnik como "bem-sucedido" e destacou que a arma representa a superioridade militar da Rússia no conflito.

Oreshnik: Características e potencial militar

Segundo Putin, o Oreshnik é uma arma indetectável pelos sistemas de defesa atuais, o que a torna uma ameaça significativa no cenário de guerra. Ele destacou que nenhum sistema de defesa em operação seria capaz de interceptar o míssil, que é capaz de viajar a uma velocidade dez vezes superior à do som. O presidente também afirmou que o Oreshnik não é um míssil estratégico ou balístico intercontinental, mas sim uma arma de alta precisão, o que indica seu foco em ataques seletivos e de precisão em vez de destruição em massa.

Em sua descrição, Putin afirmou que o Oreshnik possui a capacidade de atingir múltiplos alvos em um único ataque, uma característica derivada da sua capacidade de carregar mais de uma ogiva, semelhante ao funcionamento dos mísseis ICBM (mísseis balísticos intercontinentais). Porém, segundo Putin, no caso do ataque a Dnipro, as ogivas usadas não eram nucleares, mas convencionais, e os danos causados foram devido à velocidade hipersônica do míssil ao atingir o solo.

Reações internacionais e alertas de escalada

O lançamento do Oreshnik gerou uma reação internacional significativa. A Ucrânia, que acusou a Rússia de usar um ICBM (um míssil intercontinental), afirmou que o míssil atingiu a velocidade de 13.000 km/h e levou cerca de 15 minutos para atingir seu alvo. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, considerou o uso do míssil uma escalada clara e severa na guerra, pedindo uma condenação mundial. A OTAN também acusou Putin de tentar aterrorizar os civis e intimidar os aliados da Ucrânia, especialmente à medida que o conflito se arrasta e novas armas de grande poder são usadas.

Por sua vez, o Kremlin esclareceu que os canal de dissuasão de ameaça nuclear foi acionado, e que as autoridades ocidentais foram alertadas sobre o teste do míssil Oreshnik antes de o ataque ser realizado. Isso foi feito para evitar mal-entendidos, já que a Ucrânia inicialmente acreditava tratar-se de um míssil intercontinental.

A corrida armamentista e a estratégia russa

Putin também fez uma observação sobre o caráter único da arma, afirmando que, embora atualmente nenhum outro país tenha uma arma similar ao Oreshnik, é possível que outras nações estejam desenvolvendo tecnologias semelhantes. Ele afirmou que a Rússia tem um sistema único e que outros países devem ser capazes de desenvolver capacidades semelhantes dentro de um a dois anos.

Esse tipo de desenvolvimento fortalece ainda mais a posição militar russa, em um contexto de crescente tensão nuclear. O uso de mísseis balísticos intercontinentais, com capacidade para carregar ogivas nucleares, representa uma ameaça de escalada nuclear. O lançamento dessas armas é um lembrete claro da capacidade nuclear da Rússia e pode ser interpretado como um sinal de que a guerra pode estar caminhando para uma fase mais perigosa e imprevisível.

Alteração na doutrina nuclear russa e resposta da Ucrânia

Com o crescente uso de armamentos avançados, incluindo o Oreshnik, e a possibilidade de uma escalada nuclear, a doutrina nuclear da Rússia foi recentemente alterada para ampliar as circunstâncias nas quais Putin pode autorizar um ataque atômico. Esta mudança ocorre em meio à crescente pressão sobre a Rússia e a escalada de ataques na Ucrânia. De acordo com fontes, a Ucrânia já vinha pedindo aos Estados Unidos autorização para utilizar armas americanas dentro do território russo. O presidente americano, Joe Biden, sinalizou sua autorização para o uso de armas ATACMS, o que pode ter influenciado a decisão de Putin de alterar a doutrina nuclear russa.

Mesmo diante de uma retórica mais agressiva e da ameaça de uso de armas nucleares, a Ucrânia desconsiderou a ameaça e, na semana passada, lançou seis mísseis ATACMS contra a cidade russa de Bryansk, embora todos tenham sido interceptados pelas forças russas. Isso evidencia o impasse na guerra, onde as potências envolvidas continuam escalando o conflito com cada vez mais armas de alta tecnologia e ameaças nucleares.

O futuro da guerra e o impacto global

O desenvolvimento e o uso do míssil Oreshnik indicam uma nova fase na guerra entre Rússia e Ucrânia, com o risco de escalada nuclear e de um conflito global de grandes proporções. À medida que a Rússia avança em suas capacidades militares, com a introdução de armas de precisão e velocidade hipersônica, o equilíbrio de poder na região se altera, tornando ainda mais urgente a necessidade de um diálogo internacional para prevenir um desastre nuclear. A posição da Rússia no conflito, marcada por sua superioridade tecnológica e nuclear, continua a colocar pressão sobre as alianças internacionais e a segurança global, criando um ambiente de insegurança crescente.

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