O desembargador do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) Luis Cesar de Paula Espíndola, afastado do cargo por falas machistas e misóginas, seguirá recebendo o salário de R$ 30.471,10. Nesta quarta-feira (17), o magistrado teve o afastamento determinado pelo corregedor do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Luis Felipe Salomão. Espíndola é o responsável por dizer, durante uma sessão de julgamento sobre assédio sexual relatado por uma menina de 12 anos, que hoje em dia “as mulheres estão loucas atrás dos homens”.
Ele, inclusive, foi o único dos cinco membros do colegiado a votar contra a manutenção de uma medida protetiva que proíbe o contato de um professor, suspeito de assédio, com a aluna. Na reclamação, Salomão apura "discurso potencialmente preconceituoso e misógino em relação à vítima de assédio envolvendo menor de 12 anos".
O afastamento provisório do desembargador atende a um pedido da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Paraná e vale até que a ação disciplinar seja julgada pelo plenário do CNJ - que está em recesso e volta à atividade em 1º de agosto.
"Assim, defiro, parcialmente, a cautelar requerida, para determinar o afastamento imediato do magistrado reclamado, até decisão final a ser proferida no procedimento disciplinar correlato ou até deliberação do Plenário acerca desta medida", escreveu Salomão.
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