Aos poucos, alguns boletos de cobrança, como os de energia ou água, começaram a chegar às residências dos clientes com um QR Code ao lado do código de barras, abrindo a possibilidade para o pagamento via Pix. Essa modalidade, que recebeu diversos apelidos como “bolix”, “bolepix” e “bolecode”, vem crescendo gradativamente, embora ainda represente uma fatia pequena no total de cobranças.
O Bolepix funcionará de forma similar aos boletos convencionais, mas com a possibilidade de serem pagos via Pix. Em vez do tradicional código de barras, será apresentado um QR Code, que pode ser lido através do Pix. A principal diferença em relação ao boleto comum é que, ao efetuar o pagamento, a quitação é instantânea, assim como ocorre nas transferências Pix.
Apesar de algumas limitações, como a relevância do dinheiro físico no pagamento de boletos e a preferência de alguns consumidores pelo uso do débito direto autorizado (DDA), que segue uma jornada de pagamento tradicional, espera-se que o uso do Bolepix continue em alta. Especialistas acreditam que essa inovação, com mais velocidade, simplicidade, segurança e baixo custo, tende a substituir o antigo método de pagamento. Até o momento, cerca de 42 milhões de boletos foram pagos via Pix desde julho do ano passado até 19 de março, representando 1,5% do total de liquidações no mesmo período. A expectativa é que o Bolepix se dissemine ainda mais, abrangendo outras cobranças, como mensalidades escolares e aluguel.