Venezuela: Maduro cerca embaixada da Argentina em Caracas
Em uma tensa situação diplomática, o regime do presidente Nicolás Maduro está cercando a embaixada da Argentina em Caracas, capital da Venezuela. O motivo desse cerco é o asilo concedido a seis membros da oposição venezuelana pelo governo argentino. Essa decisão foi anunciada na noite de terça-feira, dia 16 de março.
A residência oficial da missão argentina, onde esses asilados estão abrigados, enfrenta sérias dificuldades. O fornecimento de luz e água foi cortado, tornando a situação ainda mais precária. A República Argentina expressou preocupação com o incidente e alertou o governo venezuelano sobre qualquer ação que possa colocar em risco a segurança do pessoal diplomático.
Os nomes dos asilados não foram oficialmente divulgados, mas relatos da imprensa indicam que eles são Pedro Urruchurtu, Magalí Meda, Claudia Macero, Humberto Villalobos, Omar González e uma sexta pessoa ainda não identificada. Esses indivíduos têm ligações com a líder da oposição, María Corina Machado, ou com o partido dela, o Vente Venezuela.
A residência oficial da embaixada argentina, localizada em um bairro distinto do prédio principal da embaixada, não está sob a proteção dos guardas argentinos, mas sim da Guarda Nacional Venezuelana. Dois jovens da guarda bolivariana estão custodiando o local. A ministra de Segurança Pública da Argentina, Patricia Bullrich, determinou o envio de dois membros da Guarda Nacional Argentina à Venezuela para reforçar a segurança.
Essa situação delicada reflete as tensões entre os governos de Javier Milei, presidente argentino, e Nicolás Maduro. A busca por justiça e segurança para os asilados continua, enquanto a comunidade internacional observa atentamente os desdobramentos dessa crise diplomática.