Haiti enfrenta situação ‘cataclísmica’, alerta ONU
A situação no Haiti é cataclísmica, com mais de 1.550 mortos nos três primeiros meses de 2024 em consequência da violência das gangues, alertou nesta quinta-feira a ONU. A organização lamentou as “fronteiras porosas” que facilitam o fornecimento de armas aos grupos criminosos que atuam no país.
O Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk, declarou: “É chocante que, apesar do horror da situação no local, as armas continuam chegando. Apelo por uma implementação mais eficaz do embargo de armas.”
O relatório da ONU aponta que corrupção, impunidade e má governança, agravadas pelos níveis crescentes de violência de gangues, corroeram o Estado de direito e levaram as instituições do Estado à beira do colapso. O Haiti, que já enfrentava uma profunda crise política e de segurança, sofre com o aumento da violência renovada desde o início do mês, quando várias gangues uniram forças para atacar locais estratégicos da capital Porto Príncipe, alegando que pretendiam o primeiro-ministro Ariel Henry.
Muito contestado, Henry não conseguiu retornar ao país depois de uma viagem ao Quênia no início do mês. No dia 11 de março, ele concordou em renunciar e o futuro Conselho Presidencial haitiano, que deve assumir o governo do país, comprometeu-se na quarta-feira a restaurar a “ordem pública e democrática”.
Segundo a ONU, “a corrupção, a impunidade e a má governança, agravadas por níveis crescentes de violência das gangues, corroeram o Estado de Direito e levaram as instituições do país à beira do colapso”. O relatório também destaca que, apesar do embargo de armas, “o tráfico ilícito de armas e munições através das fronteiras porosas proporciona uma cadeia de abastecimento confiável para as gangues, que muitas vezes têm um poder de fogo maior que a polícia nacional haitiana”.
Além disso, os grupos criminosos utilizam a violência sexual para maltratar, castigar e controlar a população. Infelizmente, os casos de violência sexual não são denunciados e ficam impunes.
Lembre-se de que cada pessoa é única, e o que funciona para uma pessoa pode não funcionar para outra. Consulte um profissional de saúde ou dermatologista para avaliar suas necessidades individuais e escolher a melhor abordagem para você.