A Microsoft fez uma declaração bastante polêmica recentemente. Segundo a Reuters, a empresa afirmou que identificou hackers apoiados pela China, Rússia, Irã e Coreia do Norte que estariam utilizando inteligência artificial, no caso seria da OpenAI, para fins maliciosos, como a espionagem.
A empresa afirmou que rastreou grupos de hackers afiliados à inteligência militar russa, à Guarda Revolucionária do Irã e aos governos da China e Coreia do Norte. Segundo a empresa, eles utilizavam a ferramenta da OpenAI (que é apoiada pela Microsoft) para tentar aperfeiçoar seu trabalho, incluindo programas e modelos de linguagem. A descoberta foi anunciada logo após a proibição do acesso de certos grupos à sua IA.
O porta-voz da embaixada da China nos EUA, Liu Pengyu, disse que se opunha a “difamações e acusações infundadas contra a China” e defendia a implantação “segura, confiável e controlável” da tecnologia de IA para “melhorar o bem-estar comum de toda a humanidade”. Já as autoridades responsáveis da Rússia, Irã e Coreia do Norte não se pronunciaram.
De forma geral, a Microsoft afirma que tem certeza em relação à identificação destes hackers e não restam dúvidas sobre suas intenções maliciosas direcionadas à espionagem. A Rússia estaria usando os modelos de linguagem para obter informações sobre a Ucrânia. A China, para saber sobre programas de inteligência de outros países e os hackers da Coreia do Norte, para realizar campanha convincente (spear-phishing). Já os hackers do Irã buscavam atrair certos grupos para sites maliciosos, como por exemplo, mulheres feministas.